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sábado, 4 de abril de 2015

Na escuridão

"Você já sentiu a sensação de algo te observar quando a luz está apagada?"
Desde criança tinha pavor de acordar no meio da madrugada, pois sempre que eu acordava sentia aquela horrível sensação de que algo ou alguém está observando bem próximo a minha cama. Eu inexplicavelmente criava coragem e esticava a mão para acender o abajur que ficava em cima do criado mudo ao lado da minha cama, mas felizmente pra minha surpresa nunca havia nada ali ou no quarto. Com o passar dos anos o meu medo de ter alguém me observando enquanto estou no escuro foi diminuindo vagarosamente, até este ano.
Dia vinte e oito e janeiro, quarta-feira, estava indo me deitar às vinte e três horas, porque na quinta-feira dia vinte nove, teria compromisso logo cedo pela manhã e teria de estar disposta.. 
Me arrumei para dormir, rezei coloquei minha garrafinha d'água em cima do criado mudo, ajustei meu despertador para tocar e deitei minha cabeça para dormir enquanto mexia no celular.
Cochilei brevemente só que acordei com um barulho estranho e a claridade do abajur, tinha esquecido a luz acesa e o barulho provavelmente era de um dos meus gatos brincando na varanda. Apaguei a luz e me virei de lado e adormeci.
Acordei novamente com um barulho, mas desta vez era dentro do meu quarto, algo teria caído. Estava tão sonolenta que mal quis saber o que era, provavelmente era um minha gata que ocorreu de entrar no meu quarto pra dormir debaixo da cama. Me afundei no travesseiros, pretendia voltar ao belo sonho, até que ao cair no cochilo novamente, escutei passos levemente próximos. Foi quando eu me dei conta que não era minha gata e sim alguém, e esse alguém estava no meu quarto, bem ali, próximo de mim. Não era necessário um estetoscópio para ouvir as batidas do meu coração, ele pulsava intensamente, como jamais havia pulsado antes. Tentei controlar minha respiração para ouvir o que seria aquilo, talvez fosse um ladrão ou um assassino, quem poderia saber?
E de repente ouvi a respiração, era calma, mas intensa e estava tão próximo de mim que poderia sentir o calor da sua respiração batendo com a minha. Lágrimas escorriam pelo meu rosto, molhando minha pele, fechava meus olhos e tentava conter minha respiração, até que felizmente escutei passos indo embora. Esperei alguns minutos, até que apertei o botão do abajur, acendi a luz e meus olhos bateram logo na porta do meu quarto que estava aberta. Sem de longas dei um pulo, saltando da cama e indo de encontro com a porta - trancando-a com a chave. Encostei minhas costas na porta e escorreguei propositalmente, sentando-me no chão. Encolhi minhas pernas e abracei meus joelhos, ficando naquela posição por breve segundos enquanto mais lágrimas rolavam.
Então respirei fundo e levantei meu rosto, secando minhas lágrimas; ainda sentada abraçada com minhas próprias pernas achei um caminho de pisadas com marca d’água pelo quarto. Me levantei, e direcionei meu olhar somente para essas pegadas, observando cada uma e procurando o destino final delas. Achei a garrafinha largada e seca, e bem próxima dela existia um pé.
Ao lado do criado mudo lá estava o responsável de todo medo que havia passado, mas nenhum medo era representado até aquele momento. O ser que tinha saído de algum filme de terror ou mesmo do próprio inferno estava parado como uma estátua, não era humano, seus olhos era imenso e seu rosto existia um sorriso estampado que ia de canto a canto. Eu gritei, tentei correr para abrir a porta, mas a chave havia sumido, não estava na porta onde deixei. Me desesperei, voltei a gritar pedindo por ajuda, mas era em vão, ninguém apareceu. Na minha cabeça não restava dúvidas, aquele demônio por assim dizer teria matado minha família e eu seria a última, para sua coleção. Não existia mais jeito, eu iria morrer ali, mas morreria tentando viver, então fui a frente dele, para observar todo seu ser abominável, porém estava imóvel o que tornava mais assustador ainda. Fiquei de frente com ele durante uns cinco minutos, até que resolvi tacar algo nele para ver se iria mexer. E fiz, taquei meu estojo acertando-o na cabeça, mas foi em vão. 
Embora com todo medo possível na qual estava sentindo em tal momento, resolvi aproximar-se e tocar seu rosto. Fui caminhando vagarosamente, até chegar menos de um metro de distância, olhei detalhadamente toda a vastidão do seu rosto, principalmente seus olhos e sua boca, seus dentes amarelados e pontiagudos, desci os olhos para seu corpo e percebi que possuía garras, suas unhas eram imensas e poderia rasgar a carne de alguém facilmente, tornando assim impossível minha sobrevivência naquela luta. 
Ao voltar meus olhos para seu rosto, direcionei minha mão para tocar sua pele branca e gélida, mas para minha infelicidade seus olhos piscaram e ele pulou em cima de mim…
O despertador tocou e eu acordei daquele infernal pesadelo, sem hesitar, bruscamente acendi a luz do abajur, olhei em volta e não tinha absolutamente nada. Corri e abri a porta do quarto dos meus pais para ver se estava tudo bem e para meu alívio estavam dormindo ainda. Fui ao banheiro e joguei uma água no meu rosto, e me dei conta que a mão que teria tocado no sonho estava levemente arranhada. 
Ao voltar para meu quarto, abri a janela deixando a claridade natural iluminar e foi então que eu vi: Do lado do criado mudo o chão molhado estava minha garrafinha largada e seca.

2 comentários:

  1. Cadê os créditos da autora? Plágio é crime.

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